Institucional

3º Domingo do Advento, ano b

12.12.2023
Liturgia

3º Domingo do Advento, ano b

Oração: “Ó Deus de bondade, que vedes o vosso povo esperando fervoroso o natal do Senhor, dai chegarmos às alegrias da salvação e celebrá-las sempre com intenso júbilo na solene liturgia”.

Primeira leitura: Is 61,1-2a.10-11
Exulto de alegria no Senhor.

O anúncio cheio de esperança de um profeta anônimo foi dado quando os exilados retornaram da Babilônia. O profeta de Is 61 (3º Isaías) tem a experiência do Espírito e se considera um ungido, uma pessoa escolhida pelo Senhor para anunciar a boa-nova (evangelho) aos pobres. Esta missão se desdobrava em três ações: a) curar as feridas da alma; b) pregar a redenção para os cativos e a liberdade aos que estavam presos; c) e proclamar o tempo da graça do Senhor, o ano do perdão. As feridas da alma são as que mais doem: Israel era um povo humilhado, oprimido pelos dominadores, uma sociedade dividida e com os laços de fraternidade rompidos. Havia muita gente presa, especialmente os empobrecidos por não conseguirem pagar suas dívidas e, por isso, perderam suas terras e até a família. Havia um conflito entre a população local que não foi exilada e os que voltaram do exílio. Era preciso restaurar a lei do perdão das dívidas (ano da graça), quando cada um podia voltar à sua propriedade, confiscada por dívidas (Lv 25) e recuperar a liberdade. Era preciso recompor a comunidade do povo de Deus. Com a mensagem de Is 61 Jesus explica sua ação missionária aos conterrâneos de Nazaré, donde é expulso (Lc 4,16-30). Como o profeta de Is 61 também Jesus é impulsionado pelo Espírito do Senhor (cf. Lc 3,21-22; 4,1.16-21), para trazer uma alegre notícia para os pobres, humilhados e sofredores.

Salmo responsorial: Lc 1,46-48.49-50.53-54

A minha alma se alegra no meu Deus.

Segunda leitura: 1Ts 5,16-24
Vosso espírito, vossa alma e vosso corpo

sejam conservados para a vinda do Senhor.

As palavras de Paulo fazem parte de uma grande ação de graças pelo fato de os cristãos serem participantes da salvação integral (espírito, alma, corpo), trazida por Cristo. A Carta de Paulo aos Tessalonicenses respira a esperança da próxima vinda de Cristo (segunda vinda). O que fazer enquanto esperamos a vinda do Senhor? – Rezar e agradecer continuamente a Deus; não criar obstáculos à ação do Espírito em nós; esperar o Senhor com grande alegria. Paulo pede que Deus santifique os cristãos em tudo que são (espírito, alma e corpo) e os conserve sem mancha para a vinda do Senhor. Pois “aquele que vos chamou é fiel; ele mesmo realizará isso”. Os conselhos continuam válidos para nós, que vivemos entre a primeira vinda de Cristo (Natal) e a segunda vinda, no fim dos tempos.

Aclamação ao Evangelho: Is 61,1 (Lc 4,18)

O Espírito do Senhor sobre mim fez a sua unção, enviou-me aos empobrecidos a fazer feliz proclamação.

Evangelho: Jo 1,6-8.19-28
No meio de vós está aquele que vós não conheceis.

João Batista, precursor de Jesus, tinha os seus discípulos. Dois deles tornaram-se até discípulos de Jesus (Jo 1,40). Muitos, no entanto, pensavam que João Batista fosse o Messias esperado por Israel. Por isso os fariseus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar a João quem ele era; se era o Messias, ou o profeta Elias, que devia voltar, ou algum profeta. João negou tudo e declarou: “Eu sou a voz que clama no deserto: preparai o caminho do Senhor!” O Evangelho de hoje explica que a missão de João era ser testemunha da verdadeira Luz, que é Jesus, o Messias esperado. A missão do Batista consistia em preparar o povo para a fé em Jesus Cristo (Jo 1,7; cf. At 19,4). E para as autoridades de Jerusalém, que o questionaram por estar batizando, João disse: “Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não conheceis”. Sim, o Messias tão esperado já estava presente, no meio do povo; era ainda desconhecido, mas já causava uma grande alegria. E a missão do Batista era alertar o povo para que preparasse o caminho do Senhor, porque a grande Luz já estava brilhando. Era tornar conhecido o Messias salvador, já presente no meio do povo. – Na aclamação ao Evangelho o próprio Jesus se apresenta como o Messias esperado, o Ungido pelo Espírito do Senhor para anunciar a boa-nova aos pobres.

Frei Ludovico Garmus, OFM

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