Institucional

São Pedro e São Paulo, ano C

28.06.2019
Artigos Liturgia

São Pedro e São Paulo, ano C

 Oração: “Ó Deus, que hoje nos concedeis a alegria de festejar São Pedro e São Paulo, concedei à vossa Igreja seguir em tudo os ensinamentos destes Apóstolos que nos deram as primícias da fé”.


1. Primeira leitura: At 12,1-11
Agora sei que o Senhor enviou o seu santo anjo
para me libertar do poder de Herodes.

Em At 1,8, ao se despedir de seus discípulos antes da Ascensão, Jesus traça-lhes o roteiro para a futura missão: “Sereis minhas testemunhas em Jerusalém, na Judeia e Samaria, até os confins do mundo”. Durante sua vida pública e depois da ressurreição Jesus preparou seus discípulos para esta missão. Escolheu doze, entre os discípulos, e os chamou de apóstolos. Entre os escolhidos destaca-se a figura de Pedro, como líder deles. Durante a última ceia Jesus prevê que todos o abandonariam, até mesmo Pedro, que lhe jurara fidelidade, embora Jesus lhe tivesse dito que, naquela noite, haveria de negá-lo três vezes. Mas Jesus rezou por Pedro: “... eu orei por ti, para que tua fé não falhe; e tu, uma vez convertido, confirma os irmãos” (Lc 22,32). De fato, quando Jesus estava sendo condenado pelo Sinédrio, Pedro negara três vezes que o conhecia. Pedro, porém, logo se arrependera e “chorara amargamente”. E Jesus, após sua ressurreição, confirma-lhe a missão, antes prometida (evangelho): apascentar seu rebanho: “Apascenta minhas ovelhas, apascenta meus cordeiros” (Evangelho).
O texto de hoje fecha a 1ª parte dos Atos dos Apóstolos, dedicada mais à missão de Pedro como testemunha de Jesus Cristo. De fato, depois da ascensão de Jesus ao céu e da vinda do Espírito Santo, Pedro deu testemunho de Cristo em Jerusalém, na Judeia e na Samaria. Agora está preso e o rei Herodes Agripa planeja executá-lo, como havia feito com Tiago, irmão de João. Mas Pedro é libertado milagrosamente da prisão por um anjo, a fim de continuar testemunhando a fé em Cristo e anunciando seu evangelho. No Evangelho e nos Atos dos Apóstolos, Lucas deixa claro que, pela força do Espírito Santo, a Boa-Nova da Salvação não fica acorrentada. Por isso, Pedro é libertado, porque “enquanto ele era mantido na prisão, a Igreja rezava continuamente por ele” (At 12,5).
O Papa Francisco pede que rezemos com ele, para que Deus o livre de possíveis ameaças, de dentro e de fora da Igreja, e tenha as luzes do Espírito Santo para cumprir fielmente sua missão de confirmar os fiéis na fé cristã. E ele pede mais: que também sejamos uma Igreja em saída, livre das cadeias que nos prendem a nossos medos e temores (Salmo responsorial). Livres, para viver e anunciar o Evangelho nos dias de hoje.

Salmo responsorial: Sl 31
De todos os temores me livrou o Senhor Deus.


2. Segunda leitura: 2Tm 4,6-8.17-18
Agora está reservada para mim a coroa da justiça.

São Paulo, em suas cartas, gosta de usar a linguagem do esporte e da guerra ao falar de sua ação missionária e da vida cristã. Exemplos não faltam. Hoje ele nos fala que “deu tudo de si” para cumprir sua missão e, por isso, aguarda a recompensa que lhe está reservada. Paulo está preso. Tem presente a perspectiva do martírio que se aproxima e faz uma avaliação de sua vida missionária. Sua vida foi guiada pela fé, pela esperança e pela caridade (amor). A vida cristã é também um combate, animado pela esperança de vitória, pela fidelidade e amor a Cristo e aos irmãos de fé. É preciso “amor à camisa” (Jesus Cristo), amor ao time (a Igreja). É preciso “suar a camisa” e esperar a recompensa, a coroa da justiça, para que possamos dizer como Paulo: “missão cumprida”.

Aclamação ao Evangelho
Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei minha Igreja;
E as portas do inferno não irão derrotá-la.


3. Evangelho: Mt 16,13-19
Tu és Pedro e eu te darei as chaves do Reino dos Céus.

Pedro, como outros discípulos, largou tudo para seguir a Jesus. Tornou-se um entusiasta por Jesus e se destacou por sua liderança entre os apóstolos. Quando Jesus lhes pergunta, “quem dizeis que eu sou ?”, é Pedro que toma a iniciativa e diz: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Esta confissão de fé tornou-se a pedra fundamental da Igreja de Jesus Cristo, como lhe prometera Jesus. Nesta nova Igreja, Pedro recebe o poder de “ligar a desligar” (Mt 16,19) e de apascentar as ovelhas e os cordeiros (Jo 21,15-17). Jesus apenas exige que o ame e seja fiel à sua missão. E Pedro, em nome de Jesus, conduzirá a Igreja, mas quem a constrói é o próprio Jesus. Pedro é um homem como nós: frágil, humano, pecador; mas foi escolhido por Jesus, para guiar sua Igreja. Jura que será sempre fiel a Jesus, mas o nega três vezes... Jesus o conhecia, e, mesmo assim, o escolheu. Previu que Pedro o negaria três vezes, mas prometeu rezar por ele, pedindo que, por sua vez, confirmasse seus irmãos na fé. Eis a missão de Pedro e do Papa Francisco, que também se confessa frágil e pecador. Rezemos sempre pelo Papa Francisco, como ele próprio nos pediu.

Frei Ludovico Garmus, ofm

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