Institucional

3º Domingo do Advento, ano C 2018

11.12.2018
Liturgia

3º Domingo do Advento, ano C 2018

Oração: “Ó Deus de bondade, que vedes vosso povo esperando fervoroso o natal do Senhor, dai chegarmos às alegrias da Salvação e celebrá-las sempre com intenso júbilo na solene liturgia”.


1. Primeira leitura: Sf 3,14-18a
O Senhor, teu Deus, exultará por ti, entre louvores.

A primeira leitura é tirada do profeta Sofonias, que profetizou durante o início do reinado de Josias (640-609 a.C.). Nesse período, Judá consegue livrar-se do domínio da Assíria, enfraquecida por problemas internos. O profeta convoca Jerusalém, símbolo do povo, a alegrar-se pela salvação que Deus lhe trouxe, libertando Israel do jugo assírio. Logo no primeiro verso percebe-se o tom alegre, dominante do texto: canta de alegria, rejubila, alegra-te e exulta. O motivo desta alegria é duplo. Por um lado, “o Senhor revogou a sentença contra ti, afastou teus inimigos”. O rei da Assíria deixou de oprimir o povo de Israel; o povo não precisa mais temê-lo. Por outro lado, pode confiar sempre no Senhor, o rei de Israel. Deus não é um rei distante, que domina com exércitos, mas é um rei salvador, que traz segurança, porque está presente “no meio de ti” (v. 15.17). Ele não só causa alegria a Jerusalém e a seu povo, mas ele mesmo se alegra com Jerusalém, como um noivo movido por amor em relação à sua noiva. E ela lhe responde jubilosa, com cantos de louvor e gratidão.

Salmo responsorial: Is 12
Exultai contando alegres, habitantes de Sião,
porque é grande em vosso meio o Deus Santo de Israel!


2. Segunda leitura: Fl 4,4-7
O Senhor está próximo.

Em Filipos, Paulo fundou a primeira comunidade cristã na Europa. Ali, num lugar fora dos muros da cidade, reunia-se em oração um grupo de mulheres de religião judaica (At 16,6-15). Junto com Silas, Paulo foi bem acolhido por essa comunidade, que recebeu com grande alegria o anúncio da boa-nova de Jesus Cristo. Esta mesma alegria torna-se visível na exortação que Paulo dirige aos cristãos de Filipos. É uma alegria que brota da fé na pessoa do Senhor Jesus Cristo. Não foram apenas as palavras dos apóstolos que contagiaram os filipenses, mas, sobretudo, o testemunho de amor e de alegria dado por eles. Por isso, Paulo escreve: “Alegrai-vos sempre no Senhor”! E convida os cristãos a testemunharem o amor e a bondade do Senhor diante de todas as pessoas, porque “o Senhor está próximo” (v. 5). Paulo pensava que a segunda vinda do Senhor seria iminente (2Ts 2,2). No entanto, os cristãos não deveriam inquietar-se com isso, e sim, apresentar suas necessidades a Deus, nas orações, nas súplicas e na ação de graças.
Quem coloca o foco de sua vida em Deus estará preparado para o encontro com o Senhor que vem.

Aclamação ao Evangelho
O Espírito do Senhor sobre mim fez a sua unção;
enviou-me aos empobrecidos a fazer feliz proclamação.


3. Evangelho: Lc 3,10-18
O que devemos fazer?
Na liturgia, o 3º Domingo do Advento é conhecido como o domingo da alegria (em latim, Gaudete), por causa da proximidade do Nascimento de Jesus Cristo. Nesse domingo acende-se a terceira vela da coroa, cor rosa. Duas festas marianas já anteciparam o domingo da alegria do Natal: a festa da Imaculada Conceição de Maria (08 de dezembro) – a mulher que esmaga a cabeça da serpente (Gn 3,15) com seu Filho Jesus, o Salvador – e a festa de Nossa Senhora de Guadalupe (12 de dezembro), vestida como mulher indígena grávida.
Nesse contesto de preparação para o Natal, a liturgia nos apresenta agora a figura de João Batista, o precursor de Jesus na vida pública. Ele aponta a futura vida pública de Jesus e nos conclama no presente: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas estradas” (Lc 3,4). Preparar o caminho do Senhor não é apenas vestir-se bem para acolher uma visita importante. Na língua hebraica e aramaica, caminho do Senhor indica a conduta correta que observa os mandamentos de Deus, no relacionamento em família e na sociedade. João anunciava o perdão dos pecados, condicionando as pessoas à conversão, ou seja, a abandonar os caminhos injustos e perversos no relacionamento humano e a adotar o caminho da justiça e da solidariedade com os mais pobres. Em outras palavras, a mudar de vida e adotar uma nova conduta. As pessoas que vinham escutar João Batista e batizar-se por ele, sem dúvida, entendiam sua mensagem. As multidões lhe perguntavam: “Que devemos fazer”? E João apontava o caminho do amor solidário com os pobres: “Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo”! – São recomendações válidas para todos nós.
Também grupos que detinham certo poder diante do povo se questionavam diante de João. Os cobradores de impostos lhe perguntavam: “Mestre, que devemos fazer”? E João recomendava que não cobrassem mais do que o estabelecido (Zaqueu: Lc 19,1-10). Aos soldados que perguntavam “o que devemos fazer”? João recomendava não usar a força para cobrar propina ou fazer acusações falsas, mas contentar-se com seu salário.
Muitos se perguntavam se João não seria o Messias esperado. E João deixa claro que não era o Messias. Ele batizava apenas com água, em sinal do perdão dos pecados. Depois viria alguém mais forte do que ele, isto é, Jesus de Nazaré (Lc 3,21-22). Esse, sim, purificará de verdade o povo de todos os pecados: “Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo” (v. 16).
A pergunta dos ouvintes de João “que devemos fazer” e as respostas que lhes dá nos indicam como devemos nos preparar para acolher de coração aberto a Jesus Salvador.

Frei Ludovico Garmus, OFM

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