Institucional

32º Domingo do Tempo Comum, ano B

07.11.2018
Liturgia

32º Domingo do Tempo Comum, ano B

Oração: “Deus de poder e misericórdia, afastai de nós todo obstáculo para que, inteiramente disponíveis, nos dediquemos ao vosso serviço”.


1. Primeira leitura: 1Rs 17,10-16
A viúva, do seu punhado de farinha,
fez um pãozinho e o levou a Elias.

Acab, rei de Israel, tinha casado com Jezabel, filha do rei pagão de Tiro e Sidônia, no atual Líbano. Jezabel promovia a religião do deus Baal, considerado o deus da fertilidade, em prejuízo da fé no Deus de Israel. Como punição pelo pecado de idolatria, Elias então anunciou uma seca, que duraria até que o Deus de Israel mandasse chuva. Jurado de morte, Elias teve que fugir. Por ordem de Deus, foi hospedar-se na casa de uma viúva em Sarepta, região donde viera a rainha. Lá Deus providenciou para o profeta uma hospedagem: “Eu ordenei a uma viúva de lá que te sustentasse” (v. 9). Chegando a Sarepta, o profeta pediu à viúva que lhe trouxesse água e pão. Ela jurou em nome do Deus de Israel que não tinha pão; na verdade, estava catando alguns gravetos para preparar o último pão para si e seu filho órfão, e depois esperaria a morte. Mesmo assim, Elias pediu-lhe que, primeiro, preparasse um pão para ele e só depois, para si e seu filho. E prometeu em nome do Senhor: Não faltará farinha nem azeite até Deus mandar chuva sobre a terra. Ela acreditou na palavra de Deus anunciada por Elias. E o pão partilhado com generosidade se multiplicou: “E comeram, ele e ela e sua casa, durante muito tempo” (veja o Evangelho e Mt 14,13-21; Jo 6,9).
A historieta no ensina que o Deus de Israel é o protetor dos pobres, representados pela viúva e o órfão, e não Baal. Os pobres confiam em Deus e partilham com mais facilidade o pouco que têm do que os ricos, que confiam nas riquezas.

Salmo responsorial: Sl 145
Bendize, minh’alma, bendize ao Senhor!

No Salmo, os nove verbos da ação divina em defesa dos oprimidos nos convidam a fazer o mesmo. É a Deus, defensor dos pobres, que louvamos?


2. Segunda leitura: Hb 9,24-28
Cristo foi oferecido uma vez, para tirar os pecados da multidão.

Cada ano, na Festa da Expiação, o sumo sacerdote entrava no Santuário para oferecer um sacrifício cruento em expiação de seus pecados e dos pecados do povo. Jesus ofereceu uma única vez o sacrifício da própria vida em expiação dos pecados da humanidade toda, abolindo assim todos os sacrifícios do antigo Templo. Jesus ressuscitou e entrou definitivamente no santuário do céu, onde está junto de Deus como nosso intercessor. “O destino de todo homem é morrer uma só vez, e depois vem o julgamento” (v. 27). Cristo voltará uma segunda vez (juízo final), para nos salvar. Nele podemos confiar, porque já agora intercede por nós junto do Pai.

Aclamação ao Evangelho
Felizes os pobres em espírito,
porque deles é o Reino dos Céus.


3. Evangelho: Mc 12,38-44
Esta viúva pobre deu mais do que todos os outros.

Os ensinamentos de Jesus aos discípulos e ao povo, durante a viagem, terminam com sua entrada triunfal em Jerusalém (cap. 11). No cap. 12 temos ensinamentos resultantes do confronto de Jesus com seus adversários e este capítulo conclui-se com o texto do Evangelho hoje proclamado. O texto se divide em duas cenas, ligadas pelo tema da viúva. Na primeira, Jesus está ensinando o povo na área do Templo e tece críticas aos escribas ou doutores da Lei de Moisés. Os escribas e fariseus acusavam Jesus de não observar o sábado e outras prescrições da Lei. Jesus os critica porque não fazem o que ensinam: Usam roupas vistosas, exibem-se nas praças e sinagogas, mas, a pretexto de longas orações, “devoravam as casas das viúvas”. A mesma crítica vale, hoje, aos que ensinam o povo cristão, mas não praticam a mensagem.
Na segunda cena o evangelista mostra Jesus no Templo, sentado junto ao cofre das esmolas. Enquanto observava os mais ricos depositando punhados de moedas no cofre, Jesus viu uma pobre viúva que do fundo da sua bolsa tirou duas moedinhas e colocou-as no cofre. Era o cofre das esmolas que serviam para socorrer também os pobres de Jerusalém. Com os olhos de Deus, Jesus viu a cena e disse aos discípulos: “Esta viúva deu mais do que todos os outros”. De fato, ela ofereceu tudo o que tinha para viver; entregou sua vida nas mãos de Deus (1ª leitura!), enquanto outros, apenas o que lhes sobrava.
Jesus deve ter ficado muito feliz com o gesto generoso da viúva. Ela entregou sua vida nas mãos de Deus. Em breve, Jesus também iria entregar sua vida para salvar a humanidade do pecado do egoísmo. Na esmola daquela pobre viúva Jesus viu o Reino de Deus que anunciava, sendo vivido na prática. Cumpria-se o caminho das bem-aventuranças: “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus” (Festa de Todos os Santos). A viúva, entregando sua vida nas mãos de Deus, mostrava que o caminho do Reino de Deus era viável para os discípulos: “Quem perder a sua vida por amor de mim e pela causa do Evangelho, há de salvá-la”.

Frei Ludovico Garmus, ofm

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