Institucional

7º Domingo do Tempo Comum, ano A

21.02.2020
Liturgia

7º Domingo do Tempo Comum, ano A

 Oração: “Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações”.

Primeira leitura: Lv 19,1-2.17-18
Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
O texto hoje lido faz parte do conjunto de Lv 17–26, chamado “Lei de Santidade”, por repetir diversas vezes a fórmula “sede santos, porque eu, vosso Deus, sou santo”. As leis deste conjunto exigem que o povo de Israel seja santo, isto é, que saiba distinguir entre o sagrado e o profano e observe as leis morais e cultuais em vista de um relacionamento correto com a santidade de Deus. Os v. 1-2 introduzem o chamado “decálogo levítico” (v. 3-18), que insiste na prática da justiça e caridade nas relações sociais. Neste texto tudo se resume no mandamento “amarás teu próximo como a ti mesmo” (v. 18). O amor exigido dirige-se especialmente aos compatriotas israelitas (Lv 19,15-18), mas não exclui o estrangeiro (v. 10). Quem ama o seu próximo é convidado a corrigi-lo quando age mal.
O apelo de Moisés se dirige a toda a comunidade de Israel. É um convite para entrar na esfera do divino: “Sede santos, porque eu o Senhor, vosso Deus, sou santo”. É um convite a imitar a santidade divina. Ensina-nos a agir como Deus age: Deus dá a chuva para bons e maus, justos e injustos, e nos leva a descobrir o próximo até numa pessoa desconhecida, que precisa de nossa ajuda, como Jesus nos ensina na parábola do bom samaritano (Lc 10,23-27). Ensina a amar quem nos calunia ou persegue e exclui o ódio e a vingança. Pois o amor ao próximo como a si mesmo nasce de nossa comum origem em Deus, nosso criador, e no mistério da encarnação. Ser santo como Deus é santo é amar o próximo como a si mesmo.

Salmo responsorial: Sl 102
Bendize, ó minh’alma, ao Senhor,
pois ele é bondoso e compassivo.

Segunda leitura: 1Cor 3,16-23
Não sabeis que sois santuários de Deus
e que o Espírito de Deus mora em vós?...
O santuário de Deus é santo, e vós sois esse santuário.

Depois de descrever como se constrói a Igreja, templo de Deus (3,1-15), Paulo tira as conclusões: A presença do Espírito de Deus torna santa a comunidade eclesial. Também o corpo de cada um dos cristãos é templo do Espírito Santo (1Cor 6,19-20). Onde está Deus, não faz sentido endeusar pessoas, dizendo “eu sou de Paulo, eu sou de Apolo, ou eu sou de Pedro”. Porque todos nós somos de Cristo e Cristo é de Deus. Dividir a comunidade é destruir nossa união com Cristo e com Deus: “Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá” (1Cor 3,17). – Paulo plantou a semente, Apolo e Pedro a regaram e a fizeram crescer. A intenção de cada evangelizador é conduzir todos os fiéis a Cristo Jesus. Paulo se propõe a conduzir todos à sabedoria da cruz de Cristo, que culmina com a sua ressurreição.

Aclamação ao Evangelho
É perfeito o amor de Deus
Em quem guarda sua palavra.

Evangelho: Mt 5,38-48
Amai os vossos inimigos.

Para enfrentar a lei da vingança, Jesus propõe a não violência. Para quebrar a cadeia da violência, Jesus pede ao cristão que não responda à violência sofrida com nova violência: “Se alguém te dá um tapa na tua face direita, oferece-lhe também a esquerda”. E proclama “bem-aventurados os mansos porque possuirão a terra (Mt 5,5). Propõe estender a mão a quem pede pão ou algo emprestado. O amor ao próximo no Antigo Testamento (1ª leitura) previa o amor ao próximo judeu, mas não ao samaritano, ao estrangeiro ou pagão. Jesus propõe não só amar os inimigos, mas até rezar pelo bem deles. Para Jesus, o amor deve estender-se não só aos do mesmo clã, aos familiares ou amigos. Isso também os pecadores e os pagãos o fazem. Para sermos filhos de Deus, devemos imitar o próprio Deus, amando como Deus ama: ele faz nascer o mesmo sol para bons e maus, faz cair a mesma chuva para justos e ímpios. Devemos ser perfeitos – Lucas diz “misericordiosos” –, como o Pai celeste é perfeito. Jesus, que deu sua vida por nosso amor, é o exemplo desta perfeição do amor sem limites.

Frei Ludovico Garmus, ofm

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