Institucional



24.01.2019
Liturgia

3º Domingo do Tempo Comum, ano C

Oração: “Deus eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida segundo o vosso amor, para que possamos, em nome do vosso Filho, frutificar em boas obras”.

1. Primeira leitura: Ne 8,2-4a.5-6.8-10 Leram o Livro da Lei de Deus e explicaram seu sentido.

O contexto da leitura da Lei acontece em praça pública, para uma assembleia composta de homens e mulheres. Para a leitura foi preparado um estrado num ponto mais alto. Quando o leitor, o escriba Esdras, sobe ao estrado e abre o livro da Lei, o povo todo se levanta, pronto para ouvir. Antes de começar a leitura, porém, Esdras põe-se a louvar a Deus. Não sabemos qual é o motivo deste louvor, mas certamente serve para colocar o povo na presença de Deus. Pode ser um convite para o gesto que segue. O povo responde “Amém! Amém”, concorda com o convite e se prostra em adoração a Deus. Agora o povo está pronto para ouvir a palavra de Deus. Foi feita, então, de modo bem claro e audível a leitura da Lei e, depois, foi explicada para melhor compreensão. A leitura durou desde a manhã até o meio-dia. Deus conseguiu falar ao coração do povo, porque a leitura e a explicação da Lei foram feitas com clareza. O povo se dá conta de seus pecados, fica triste e chora arrependido. Os levitas, porém, convidam o povo a se alegrar, “porque este é um dia consagrado ao Senhor, vosso Deus”. O governador Neemias pede ao povo que se alegre a faça festa, “porque a alegria do Senhor será a vossa força”. Desta leitura e celebração da Palavra, podemos dizer que o povo teve uma experiência de Deus; saiu alegre e forte para enfrentar a vida do dia-a-dia. Nossas celebrações da Palavra de Deus, nossas homilias, e a celebração da Eucaristia proporcionam um encontro real dos fiéis com Deus?

Salmo responsorial Vossas palavras, Senhor, são espírito e vida!

2. Segunda leitura: 1Cor 12,12-30
Vós, todos juntos, sois o corpo de Cristo e,
individualmente, sois membros desse corpo.

Paulo continua a falar sobre os dons do Espírito Santo (cf. texto do domingo passado). Agora dá o exemplo do corpo e seus membros. Batizados e alimentados pelo mesmo Espírito, constituímos o corpo de Cristo. O Espírito Santo faz que judeus e gregos, escravos e livres vivam em harmonia neste mesmo corpo de Cristo. Deus distribui seus dons a cada membro da comunidade, conforme Ele quer. Todos os membros de um corpo são importantes, porque cada qual tem sua função, em vista do bem do corpo todo. Assim deve ser a comunidade cristã: animada pelo mesmo Espírito do Senhor, que nos mantém unidos para o bem comum.

Aclamação ao Evangelho: Lc 4,18

Foi o Senhor quem me mandou, boas notícias anunciar; Ao pobre, a quem está no cativeiro, libertação eu vou proclamar.

3. Evangelho: Lc 1,1-4; 4,14-21 Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura. Hoje é apresentada a introdução (prólogo) do Evangelho de Lucas, onde ele explica como escreveu seu livro, para quem escreveu e o que pretende com seu evangelho (1,1-4); em seguida, narra a visita de Jesus a Nazaré, onde fora criado (4,14-21). Lembra que outros, antes dele, já tentaram escrever a “história” do que aconteceu “entre nós”. Ele também quer escrever o que recebeu da tradição, por meio de testemunhas oculares e ministros da palavra (pregadores). Portanto, não deseja fazer um simples relato dos fatos acontecidos, mas apresentar a mensagem de Jesus, bem como o que dele falaram os ministros da palavra. Fez uma cuidadosa investigação “de tudo o que aconteceu desde o princípio”, para os destinatários conhecerem a firmeza da doutrina na qual foram instruídos. Teófilo (“amigo de Deus”), a quem dedica seu livro, pode ser tanto uma pessoa como todos os “amigos de Deus”, os cristãos que receberam a primeira instrução.

Após ser batizado por João, Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, onde foi tentado. Em seguida, com a força do Espírito Santo, voltou para a Galileia e começou a ensinar nas sinagogas (4,14-15); sua fama espalhou-se por toda a parte e era elogiado. É com esta fama que Jesus entra na sinagoga de Nazaré, onde fora criado. Ao saber que Jesus estava na sinagoga, todo mundo acorreu, talvez, mais por curiosidade do que para ouvir a Palavra de Deus. Para ter um verdadeiro encontro com Deus é preciso estar preparado, disposto a ouvir a sua Palavra (cf. 1ª leitura). Dentro do rito de um culto, na sinagoga, havia um momento em que se lia um trecho do livro previsto para o dia. Qualquer homem adulto podia ser convidado ou apresentar-se para a leitura. Jesus não perdeu a ocasião de apresentar-se para fazer a leitura e explicar o texto, “como era seu costume” (v. 15). O chefe da sinagoga ofereceu-lhe o rolo do livro de Isaías. Jesus ocupou o estrado, desenrolou o livro até encontrar o texto que desejava ler. Terminada a leitura, enrolou de novo o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se. Era a posição para ensinar, no caso, explicar o texto lido. Todo o mundo estava atento ao que iria dizer sobre o texto. Jesus diz, apenas: “Hoje se cumpriu esta passagem que acabais de ouvir”. Em vez de dizer o que os ouvintes deveriam fazer, Jesus se pergunta “o que Deus quer que eu faça” e encontrou a resposta no texto de Isaías. Sua resposta ao Pai é adotar o texto lido como programa de sua missão: a) sente-se movido pelo Espírito do Senhor, que sobre ele repousou no batismo (3,21-22); b) sua missão é anunciar a boa-nova aos pobres; c) libertar os aprisionados; d) devolver a visão aos cegos; e) libertar os oprimidos; f) proclamar o ano da “graça” do Senhor, isto é, um ano do perdão de todas as dívidas, de modo que os insolventes aprisionados sejam libertados.

Jesus dirige sua mensagem aos pobres, anuncia um ano do perdão das dívidas, da misericórdia divina. Não quer apenas levar as pessoas a Deus, mas trazer o Reino de Deus até as pessoas. Quer estabelecer uma sociedade justa e fraterna, devolver a dignidade humana a todos os injustiçados. Jesus entendeu que, no texto, Deus lhe falava e deu sua resposta. E qual é a nossa resposta às palavras de Isaías e de Jesus? Frei Ludovico Garmus, ofm

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