Institucional

4° Domingodo Advento, ano C

19.12.2018
Liturgia

4° Domingodo Advento, ano C

Oração: “Derramai, ó Deus, a vossa graça em nossos corações para que, conhecendo pela mensagem do Anjo a encarnação do vosso Filho, cheguemos por sua paixão e cruz, à glória da ressurreição”.

1. Primeira leitura: Mq 5,1-4a
De ti há de sair aquele que dominará em Israel.

Miqueias atuou como profeta no tempo de Isaías, na segunda metade do séc. VIII a.C. Era um tempo difícil, marcado pelas invasões dos reis assírios. O reino do Norte e sua capital Samaria foram destruídos em 722 a.C., e Jerusalém chegou a ser cercada pelo exército inimigo (701 a.C.). O texto hoje lido está também presente no livro de Isaías (Is 2,2-5). Quando os magos do Oriente vieram a Jerusalém perguntavam onde estaria o rei recém-nascido dos judeus. E os sumos sacerdotes e escribas responderam, “em Belém”, citando a profecia que acabamos de ouvir (Mt 2,1-6). Em tempos de crise são relidas e se renovam as antigas promessas. Os reis de Israel e de Judá não souberam salvar seu povo por não terem obedecido a Lei da aliança com o Senhor. Por isso o profeta anuncia o nascimento de um novo rei, não em Jerusalém, mas na pequena vila de Belém. Relembra, assim, as origens da monarquia de Israel, na humilde figura de um pastor, Davi filho de Jessé (1Sm 16,1-13; 2Sm 7,8). Antes, porém, “Deus deixará seu povo ao abandono, até ao tempo em que uma mãe der à luz”.
O texto apresenta algumas características do menino que vai nascer em Belém: Ele será um rei que dominará em Israel; apascentará seu povo “com a força do Senhor e com a majestade do nome do Senhor seu Deus”. Então, os homens viverão em paz. Com o domínio e com a força de Deus, o novo rei protegerá seu povo. Não será, porém, um rei dominador: “Meu reino não é deste mundo... meu reino não é daqui” (Jo 18,33-37; Mt 26,51-54). Jesus escolhe ser um pastor, capaz de dar sua vida por aqueles que ama (Jo 10,1-11). O salmo responsorial esclarece que tipo de rei será o Messias: Um rei que protege seu povo e lhe traz a salvação. O desejo do rei-pastor é que seu reino de justiça, de amor e de paz se estenda “até aos confins da terra”. Este deveria ser também o desejo e o compromisso dos filhos e filhas de seu reino.

Salmo responsorial: Sl 79
Iluminai a vossa face sobre nós,
Convertei-nos para que sejamos salvos!

2. Segunda leitura: Hb 10,5-10
Eis que eu venho para fazer a tua vontade.

No Advento esperamos o Salvador que vem nos salvar. No 4º domingo do Advento ou vinda do Senhor, a 2ª leitura, tirada da Carta ao Hebreus, explica-nos quem é a pessoa esperada. A mensagem se concentra no mistério da Encarnação do Filho de Deus. Ele assume um corpo humano, gerado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria. No texto hoje lemos, Cristo nos dá a reposta, dialogando em 1ª pessoa com Deus: “Tu não quiseste vítima nem oferenda, mas formaste-me um corpo”. Deus não se agrada de oferendas ou holocaustos pelo pecado quando não representam um coração que lhe é fiel. Por isso Cristo diz: “Eis que eu venho... Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade” (v. 7 e 8). O Filho de Deus, assume um corpo humano e apresenta-se para fazer a vontade do Pai. Graças à obediência total à vontade do Pai, Jesus Cristo tornou-se causa de santificação e salvação para todos os que lhe obedecem (Hb 5,7-9). – Nossa sociedade busca um corpo perfeito, saudável e belo. Fazem-se tatuagens e até cirurgias de risco para embelezá-lo. Na contramão, o texto nos ensina que todos recebemos de Deus um corpo animado pelo seu espírito de vida para fazermos a sua vontade. A vontade de Deus é esta: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Fazer a vontade de Deus é obedecê-lo. Cristo é o exemplo desta obediência. Por nosso amor, Ele se fez obediente até à morte na cruz (Fl 2,5-11).

Aclamação ao Evangelho: Lc 1,38
Eis a serva do Senhor; cumpra-se em mim a tua palavra!

3. Evangelho: Lc 1,39-45
Como posso merecer
que a mãe do meu Senhor me venha visitar?

O Evangelho de Lucas começa com um prólogo ou prefácio (Lc 1,1-4) e com a história da infância de Jesus. Nesta história coloca em paralelo as narrativas da origem, nascimento e infância de João Batista, o precursor, e de Jesus Cristo, o salvador (Lc 1,5–2,52). Após falar da gravidez de Isabel e de Maria, introduz a cena da visita de Maria à sua prima Isabel. Maria soube que Isabel estava no sexto mês de gravidez quando o anjo Gabriel lhe anunciou que foi escolhida por Deus para ser a mãe do Messias Jesus, o Filho de Deus (Lc 1,26-38). Como sinal de que ela será a mãe do Filho de Deus, o Anjo lhe dá um sinal: Tua prima Isabel, idosa e considerada estéril, já está no sexto mês de gravidez. Maria acredita nas palavras do Anjo e diz: “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo tua palavra”. Maria, guardando o segredo em seu coração, apressa-se a visitar Isabel para servi-la nos meses finais de sua gravidez. A visita é marcada pela alegria do encontro das duas mães, grávidas de seus filhos. As mães já se conheciam, os filhos ainda não. Quando Isabel ouve a saudação de Maria, a criança se agita em seu ventre e, cheia do Espírito Santo, exclama: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”! E reconhece em Maria a presença da mãe de Deus, da “mãe do meu Senhor”.
Como seria bom e desejável que os pais e, especialmente as mães, contassem a seus filhos o verdadeiro sentido da alegria do Natal. Não é o papai Noel que esperamos com seus presentes, mas o nascimento de Jesus, Filho de Deus que nos ama e é nosso irmão. Deus se nos dá como presente. Por isso as crianças recebem presentes.

Frei Ludovico Garmus, OFM

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