Institucional

33º Domingo do Tempo Comum, ano B

16.11.2018
Liturgia

33º Domingo do Tempo Comum, ano B

Oração: “Senhor nosso Deus, fazei que nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa, servindo a vós, o criador de todas as coisas”.


1. Primeira leitura: Dn 12,1-3
Nesse tempo teu povo será salvo.

A leitura de hoje foi tirada do último capítulo do texto hebraico do livro de Daniel. O livro foi escrito durante o domínio selêucida da Síria, no contexto da revolta dos Macabeus. Os judeus eram, então, oprimidos por pesados tributos do rei sírio Antíoco IV, proibidos de praticar sua religião e obrigados a práticas religiosas pagãs. Era um tempo de muito sofrimento. Entre os judeus havia os que procuravam ser fiéis à fé dos antepassados; outros, porém, colaboravam com os dominadores e traíam sua fé. O autor projeta o drama de seu tempo (domínio selêucida) para o tempo dos babilônios e persas. Ao descrever suas visões, usa uma linguagem codificada, na qual os governantes são representados como animais ferozes. A intenção é animar a esperança dos fiéis perseguidos. No passado, o profeta Ezequiel animava a esperança dos exilados em Babilônia com a fé na ressurreição da nação (Ez 37,1-14). Em Daniel se afirma não só a salvação do povo judeu, mas, também a ressurreição individual dos justos e pecadores: “Muitos dos que dormem no pó da terra, despertarão, uns para a vida eterna, outros para o opróbrio eterno”. O caminho sábio para a salvação é a fiel observância da Lei de Deus. Sábios são os que ensinarem os caminhos da virtude (observância da Lei), porque “brilharão como estrelas por toda a eternidade”.

Salmo responsorial: Sl 15
Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio.


2. Segunda leitura: Hb 10,11-14.18
Com uma única oferenda,
levou à perfeição definitiva os que ele santifica.

O autor continua afirmando a superioridade do sacerdócio e do sacrifício único de Cristo sobre o sacerdócio e os sacrifícios do antigo Templo. Os sacrifícios da antiga Aliança eram oferecidos muitas vezes pelos sacerdotes, sem conseguir apagar os pecados do povo. Pelo sacrifício, oferecido uma única vez pelos nossos pecados, Cristo alcançou um lugar de honra “à direita do Pai”, isto é, como juiz: “donde virá a julgar os vivos e os mortos” (Credo). Pela sua morte e ressurreição garantiu, para todos os que o seguem, o perdão dos pecados e “levou à perfeição definitiva os que ele santifica”.

Aclamação ao Evangelho: Lc 21,36
É preciso vigiar e ficar de prontidão;
em que dia o Senhor há de vir, não sabeis não!


3. Evangelho: Mc 13,24-32
Ele reunirá os eleitos de Deus,
de uma extremidade à outra da terra.

O último ensinamento de Jesus, antes da paixão, trata da destruição de Jerusalém e seu Templo, e da segunda vinda do Senhor, no fim dos tempos. Mateus e Lucas têm uma descrição mais ampla destes eventos. Marcos fala que, ao sair do Templo, os discípulos chamaram a atenção de Jesus à majestosa construção do Templo. E Jesus lhes responde: “Estais vendo tudo isso? ... Não ficará pedra sobre pedra; tudo será destruído”. Ao chegarem ao monte das Oliveiras, Pedro, Tiago, João e André lhe perguntam, em particular, quando isso haveria de acontecer e qual seria o sinal. Antes do texto hoje proclamado, Jesus fala dos sinais que precederão o quando (Mc 13,5-13). Haverá guerras, terremotos e fome. Antes que chegue o fim, o Evangelho deve ser anunciado a todas as nações e os cristãos serão perseguidos. Quando o inimigo se instalar em Jerusalém, é hora de os cristãos – os eleitos – fugirem para os montes e não confiarem em falsos cristos e profetas (v. 14-23). Todos esses sinais estão relacionados à destruição de Jerusalém e à vida dos cristãos no Império Romano.
O texto hoje proclamado refere-se à segunda vinda do Senhor no fim dos tempos, como Juiz. Marcos escreveu seu evangelho, provavelmente, antes da destruição de Jerusalém no ano 70 d.C., nos inícios da Guerra Judaica. Sinais, como boatos de guerra, terremotos e fome, sempre existiram e existirão. Jesus, porém, não responde sobre quando acontecerá a segunda vinda do Filho do Homem: “Quanto a esse dia e à hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu nem o Filho, mas somente o Pai”. Importa é estar atento aos sinais (exemplo da figueira) e vigiar. As obras humanas, os impérios e as potências mundiais tendem a desaparecer: “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão” (cf. Is 40,6-8; 1Pd 1,24-25). Em vez de nos apavorar diante da perspectiva de um fim imaginado como próximo, melhor seria vigiar, reavivar a fé na presença de Cristo no meio de nós e reforçar a confiança na Palavra de Deus: “Eis que estou convosco, todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,20).

Frei Ludovico Garmus, ofm

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