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Uma trajetória construída junto ao ITF

19.10.2018
Notícias

Uma trajetória construída junto ao ITF

 Na semana do dia do professor a equipe de comunicação do ITF conversou a professora da disciplina “Estágio Supervisionado”, Maria Suzana Figueiredo Assis Macedo. A entrevista nos faz conhecer um pouco mais a respeito de sua jornada junto ao Instituto Teológico Franciscano, a árdua rotina de estudos e os planos para o futuro.


1. O que levou uma leiga, mãe de família a estudar teologia?

Meu marido e eu participávamos, ativamente, em diversas pastorais na paróquia da Catedral de Petrópolis e, em 2003, resolvemos fazer um curso livre à noite de Teologia para Leigos, no Seminário Diocesano, para melhor trabalharmos nas pastorais. O curso terminou no ano de 2005. Esse estudo despertou em mim a vontade de aprofundar os conhecimentos que estava adquirindo. Contudo, nós não tínhamos condições financeiras para que eu pudesse cursar a única faculdade que havia em Petrópolis com o Bacharelado em Teologia, o Instituto Teológico Franciscano.


2. Conte um pouco sobre a sua trajetória de estudos e a sua relação com o ITF?

Após vinte anos de conclusão do Ensino Médio, incentivada pelos meus amigos Franciscanos Conventuais e a minha família, eu prestei vestibular para o Instituto Teológico Franciscano, no segundo semestre de 2005. Fiquei surpresa e emocionada ao ficar em primeiro lugar. O problema das mensalidades ficou resolvido quando o ITF, generosamente, concedeu-me bolsa de estudo integral, durante todo o período de faculdade, a pedido dos frades Conventuais. Assim iniciei no segundo semestre de 2005 na faculdade de Teologia, na parte da manhã, enquanto terminava o curso livre de Teologia para Leigos à noite. Foram quatro anos de enriquecimento e aprendizado com os melhores professores que a teologia possui.Nesse período participei de, praticamente, todos os eventos que a faculdade nos oferecia, além de estagiar na Biblioteca do Instituto. Sou muito grata ao ITF por ter me proporcionado esta experiência única.


3. Como uma teóloga Latino-Americana foi recebida na Europa?
Durante meus estudos no doutorado, na UFJF, fui beneficiada com o Programa de Bolsa-Sanduíche pela CAPES e permaneci três meses pesquisando no Istituto di Studi Ecumenici San Bernardino, em Veneza. Lá fui muito bem acolhida pelos Franciscanos no Convento San Francesco dellaVigna, anexo ao Instituto. O convento foi a minha casa durante aqueles três meses e recebi o apelido carinhoso de “monja da clausura”, pois, quase não saía por conta das pesquisas na excelente biblioteca que eles possuem. Quanto à recepção de uma teóloga latino-americana, em uma cultura europeia, percebia a curiosidade que cada um tinha em sabermais sobre o Brasil. A grande diversidade de culturas e religiões atraía a atenção. Ao mesmo tempo, algumas pessoas não compreendiam, muito bem, como eu poderia estar tão longe de casa para estudar enquanto os filhos e o marido estavam aqui, “sozinhos”. Nos lugares em que estive, na Itália, fui muito bem recebida e respeitada por ser teóloga e “brasiliana”. Aproveito para agradecer a atenção de Fr. Gilberto da Silva, no Antonianum, que, muito gentilmente dedicou parte de seu tempo a apresentar-me alguns lugares turísticos e Igrejas maravilhosas de Roma.

4. Como equilibrar a vida pessoal com a vida acadêmica?
Costumam dizer que a mulher tem dupla e até mesmo tripla jornada. É verdade. Chegar a um verdadeiro equilíbrio na atenção entre a família e o trabalho, ainda mais quando esse trabalho exige constante estudo, é um desafio. Mas, contando com a graça de Deus e o apoio familiar, essa tarefa torna-se mais leve. Não descuidar, principalmente, do lar que é o nosso alicerce, tanto para a vida pessoal, que inclui o espiritual, quanto profissional pode ser a chave que abre a porta para a caminhada diária.

5. Pensa em continuar os estudos? Quais são os planos para o futuro?
Desde 2003 não paro de estudar. Terminei, neste segundo semestre de 2018, a Especialização em Mariologia, mas, a satisfação que o estudo produz em mim é grande e, portanto, o desejo de continuar também. Tenho, sim, planos para o futuro: quem sabe um pós-doutorado (ainda estou elaborando a ideia), estou interessada também, em pesquisar a mariologia franciscana e continuar meu trabalho no ITF, que considero minha segunda casa.

*Igor Fernandes


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